UM CHEIRINHO BOM DE ALMOÇO!

Os aromas são armazenados para sempre em nossa memória e, segundo a ciência, não sofrem desgastes com o passar do tempo. Ao nascermos, nosso bulbo olfativo está preparado para processar e armazenar uma diversidade incrível de aromas para sempre. A explicação científica é que o córtex olfativo tem uma ligação direta com o hipocampo, enquanto os outros sentidos (visão, audição e tato) são primeiramente processados em outros lugares do cérebro, para depois chegarem ao centro de memória. Entre os cheiros que nunca mais sairão da nossa lembrança estão os dos alimentos que apreciávamos na infância, em especial, os temperos que vinham juntos. Naquele pacote de afeto, o cheirinho inesquecível das refeições preparadas por nossa mãe, avós, tias. Quem nunca suspirou com uma saudades dessas! Psicólogos afirmam que, além da capacidade de arquivar as recordações dos aromas, o fato de um determinado cheiro vir associado a uma boa recordação, potencializa a nitidez dessa lembrança. Mais que perfumes ou flores, os alimentos são os grandes campeões dos nossos arquivos olfativos, armazenados lá no baú das recordações. Quem trabalha com alimentos sabe a importância de apertar esse gatilho e ativar lembranças positivas. Se ao destamparmos uma panela ou cuba formos surpreendidos por algum cheiro que nos remeta à cozinha da nossa mãe ou avó, isso já nos predispõe a comer com muito mais gosto. E esse alimentar com gosto condiciona o organismo inteiro a uma quebra de enzimas muito mais eficiente, com melhor aproveitamento de todas as propriedades e vitaminas ingeridas. Sim, é verdade que primeiro comemos com os olhos, mas o aroma certamente é absorvido e, segundo a ciência, ultrapassa a longevidade e os sentidos da visão e da audição.