Mesmo com a pandemia, indústria de alimentos teve alta nas vendas em Minas Gerais
Minas Gerais é um dos estados que tem superado bem os desafios da pandemia. A indústria alimentícia do estado encerra o ano com grande aumento nas vendas. Ao seguir os protocolos de segurança, o setor conseguiu manter o abastecimento do mercado interno, realizou exportações e planeja os próximos passos para 2021.
De janeiro a julho, diversos segmentos de Minas Gerais mostraram crescimento entre 2% e 6%. Como a tendência de consumo é alta, a indústria alimentícia se beneficia dos juros baixos para modernizar, automatizar processos e adquirir novas máquinas e equipamentos para aumentar a capacidade de produção.
“Tivemos desafios, como o aumento dos preços das matérias-primas e a implantação de protocolos rigorosos para evitar a disseminação do vírus. A indústria está conseguindo fazer a sua parte e garantindo o fornecimento de alimentos, que não parou. Os empresários se organizaram e todas as indústrias adotaram sistema de prevenção, de controle dos funcionários e da produção, o que foi essencial para garantir o abastecimento”, explica Mário Morais Marques, presidente de Câmara de Alimentos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
De acordo com Marques, um dos fatores que está favorecendo o bom funcionamento das indústrias, está na valorização do real frente ao dólar. Esse resultado faz com que as importações dos alimentos fiquem baixas, além de ampliar a procura por produtos nacionais. Com a pandemia, os itens brasileiros se tornaram mais competitivos no mercado internacional.
Para 2021, as expectativas para o setor são positivas. Com a maioria das atividades econômicas retomadas, a movimentação no mercado será maior. Segundo o presidente da Fiemg, “a grande parte da indústria de alimentos manteve ou ampliou a mão de obra empregada, o que foi importante para o momento de crise. A tendência é que o setor continue ampliando o quadro de funcionários e investindo, contribuindo para a movimentação de diversos outros setores”.