Será que este ano tem cesta de Natal?

Com a chegada do fim do ano, colaboradores aguardam as famosas cestas de Natal. Com a pandemia da Covid-19 e a crise econômica, normal que muitos questionem se irão receber o mimo da empresa. No entanto, por conta da crise, algumas organizações optaram por diminuir a quantidade dos itens da cesta para viabilizar o brinde todos os funcionários. Um dos motivos da redução de alguns produtos está na inflação e, com certeza, os brasileiros estão sentindo no bolso essa alta. Como o arroz, a carne, o feijão e o óleo estão com valores acima da média, toda a cadeia alimentar é afetada. De acordo com o Índice da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), da agência da ONU, os preços mundiais dos alimentos subiram pelo sexto mês consecutivo em novembro, atingindo uma máxima em quase seis anos. A epidemia também afetou a produção de diversos setores. Com o isolamento social e o lockdown em algumas regiões do país, muitas empresas tiveram que diminuir o ritmo e foram obrigadas a parar. Com a retomada lenta da economia, ainda há falta de insumos e matéria-prima. Com isso, há também deficiência no fornecimento e aumento nos custos. É aí que entra outro item importante para a cesta de Natal: a embalagem. De acordo com Gabriella Michelucci, presidente da Associação Brasileira de Papel Ondulado (ABPO), além da alta do dólar, cerca de 70% do que o setor de papelão fabrica no País é produzido de material reciclável. “Com o início da pandemia, os municípios foram obrigados a suspender a separação de lixo para a reciclagem por conta do risco de contaminação dos trabalhadores. Os resíduos, em vez de irem para a indústria, foram direcionados aos aterros. Tudo isso fez o insumo ser reduzido substancialmente no mercado, provocando alta nos preços”. Outras mudanças que devem ocorrer na cesta de Natal estão no peso de alguns produtos e na substituição de alguns alimentos por itens mais básicos.